16 de maio de 2013

A Semana Municipal da Família e a Lei nº 511 em Santa Inês

O texto abaixo é uma colaboração do leitor Francisco Rolim, da Pastoral Familiar de Santa Inês e Terço dos Homens.

Por Francisco Cavalcante Rolim
Aprendemos que a família sempre teve seu lugar, espaço, papel e missão fundamental na 
vida humana, na sociedade e na igreja. E é por excelência fonte de vida, porém vivemos num 
mundo vazio, materialista, egoísta e consumista, onde os valores cristãos se perdem.

É preciso ter fé e viver a fé em família. Ela foi e sempre será a fonte da vida e nossa rocha 
firme. Diante das mudanças nesses tempos atuais, à família deve se revitalizar em seu modo 
de ser, de viver, de existir e de agir. Mas como fonte de vida, foi, é, e sempre será a mesma, 
como instituição inquestionável da vida.

É muito triste nos depararmos com tantos ataques que a família está sofrendo, principalmente 
através de alguns meios de comunicação: novelas, filmes, programas, desenhos e até em 
letras de musicas onde há descaso, imoralidade, individualismo, relações anormais e relações extraconjugais e tantas outras coisas que são escancaradas. E seria melhor ainda se essas coisas não estivessem acontecendo no seio da família. É normal hoje em dia “as famílias” serem totalmente desestruturadas, ninguém tem respeito pelo outro, não existe normas, nem regras, sendo que o individualismo é muito bem destacado, definido e defendido.

Devemos nos lembrar de que o próprio Jesus nasceu numa família, teve obediência a seu 
pai adotivo, São José, e a sua mãe Maria Santíssima. Que grande exemplo Ele nos deixou 
honrando-os como reza o mandamento.

A família precisa resgatar seus valores e penso que isso será possível a partir do momento 
que abrirmos o coração para o amor de Deus em sua totalidade. Infelizmente na sua maioria 
a família passa por carência da partilha da vida, das qualidades e dos limites, gerando o 
individualismo e a solidão.

Quem nunca ouviu um diálogo assim: “É meu carro”, “minha casa”, “meu dinheiro”, “minha 
vida” “eu sou”, “eu posso”, e por ai a fora. Quando “EU’ fala mais alto, o “NÓS” deixa de existir 
e tudo isso, em minha opinião, é a grande causa de tanta solidão em família”.

Diante desta situação cabem-nos alguns questionamentos: Que atitude devemos tomar? Será 
que é nosso papel continuar como que paralisados e deixar a anarquia tomar contar e dissipar o que ainda nos resta de valores? Acho que acontecerão grandes transformações quando todos se deixarem envolver pelo amor que tem sua origem e fundamento em Deus. Criados todos que fomos por Deus para sermos felizes, realizados e plenos, porém isso jamais o será, enquanto estivermos distanciados de Deus, e enquanto sua Palavra e seu Projeto de Amor, não se tornarem o alicerce de nosso amor humano.

Este texto foi extraído da internet e escrito por Sonia Souza, mas nada foge da realidade da 
nossa cidade e das nossas famílias. E aí perguntamos: até que ponto estamos fazendo algo 
para podermos ver uma família realizada, digna e de paz? O que os poderes públicos estão 
trabalhando em prol da realidade e das situações de cada família? E a igreja? Como tem ela 
trabalhado o lado espiritual dessas famílias?

A família como vai?

Foi diante de questionamentos como esse que em 2011 foi enviado à Câmara Municipal de 
Santa Inês o Projeto de Lei pedindo a criação da Semana Municipal da Família. Projeto esse 
aprovado por unanimidade e sancionado pelo ex-prefeito Roberth Bringel, através da Lei nº 
511. O projeto teve como mentor a Pastoral Familiar de Santa Inês e a vereadora Antônia Leal, como responsável a apresentar o referido Projeto.

Para todos os efeitos essa referida semana deveria ser comemorada na segunda semana de 
maio, começando no dia das mães e terminando no domingo seguinte.

Acontece que a data em 2012 passou batido pelos poderes públicos. E em 2013 os mesmo 
vereadores que ainda estão lá, nem ao menos citam essa data e tão pouco se lembram da Lei nº 511. Ficando, pois somente a igreja na tarefa de levar a mensagem às famílias.

Digo, pois que a intenção era levar os poderes públicos a aplicar o tal Projeto nas escolas, 
creches e praças, através de palestras, seminários e outras programações qualquer. Como 
também as demais igrejas cristãs de nossa cidade.

A Pastoral Familiar de Santa Inês, diante de uma equipe pequena, mas ativa, toda semana 
tem visitado e assistido famílias de Santa Inês, levando a Palavra de Deus, celebrando e 
comungando. Mas a Pastoral Familiar é pequena pra tantos problemas. Ela faz o que pode e 
opera com o que tem.

A realidade pela qual passa as famílias e na qual é vista e assistida, necessita de cuidados 
e atenção. As famílias clamam e choram. O individualismo opera a mais no “eu”, “eu” e 
“eu”. Cadê o nós? Cadê o mandamento pregado por Nosso Senhor Jesus Cristo: “Amor ao 
Próximo”? Cadê a partilha? Cadê os quês? Os porquês? Os Pra Ondes? Nem os “Cadês” 
existem mais. Faltam questionamentos quando o assunto é família.

Abençoa, Senhor as famílias amém

Francisco Cavalcante Rolim
Pastoral Familiar de Santa Inês e Terço dos Homens

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