13 de outubro de 2015

Paulo Rodrigues lança "Apenas um Sujeito Lírico" nesta quarta-feira, 14


O poeta e escritor Paulo Rodrigues lança "Apenas um Sujeito Lírico" nesta quarta-feira (14), no auditório da CDL, em Santa Inês, a partir das 20h. 

ANAMNESE

Toda vez que minha vó Zabel
me olhava pelos cantos,
sem palavra em minha boca,
dizia baixinho em meu ouvido:
Te afasta do desconsolo!

E emendava as palavras
com ideias existenciais:
Menino, a inquietude
só esquenta a moleira
não molda o homem
em sua plenitude.

Aquela sagacidade de minha vó
não eliminava as minhas angústias
mas, jogava água nas brasas
do meu delírio.

Paulo Rodrigues


ENTERVISTA COM PAULO POETA

1. Quais as suas outras atividades, você realiza além de escrever?

Sou graduado em Letras, com especializações na área do magistério, por isso me dedico ao ensino de Língua Materna nas redes estadual e municipal de ensino. Estou dedicado ao ensino superior em várias faculdades da região. Agora para me realizar uso a poesia como instrumento de reconstrução do meu universo. Como todo criador passo muito tempo dedicado ao ato de ler e de escrever.

2. Poeta, como surgiu seu interesse pela literatura, e especificamente pela poesia?

Desde muito cedo, me dediquei ao estudo de livros literários. Quando estava fazendo a quinta série do ensino fundamental conheci o professor Pedro Filho, um ser genial. Ele nos ensinou
amar mais ainda o universo ficcional, a sentir o sabor das palavras num alto grau simbólico. Eu aprendi a viver com as palavras nas aulas de Literatura do Pedro. E de lá para cá a vontade de ser poeta, de ser escritor só aumentava dentro de mim. Vislumbrei na poesia a minha maneira particular de suportar as maldades da existência. 

3. Quais são os novos projetos que você tem para sua carreira literária, e qual é a sensação de participar de várias feiras de livro pelo Nordeste?

Lancei recentemente meu livro de crônicas, cujo título é: ‘Crônicas da Cidade e Outras Narrativas’, que faz uma louvação aos personagens e histórias de minha Santa Inês. Foi um sucesso total. Eu recuperei através destas narrativas, muitos mitos quase perdidos na memória oral de nossa gente. Lancei também as Dissonâncias Poéticas em Poemas Acidentais na Casa do Escritor, em São Luís. Fico feliz em participar de uma das maiores feiras do livro do Brasil, porque me motivo ainda mais para produção literária.

4. E o que o público pode esperar de novidade na sua produção literária?

Estou montado um trabalho de pesquisa sobre a Literatura de Santa Inês, que servirá muito para entendermos a vasta produção artística de nossa cidade. É um trabalho necessário, pois carecemos de material pedagógico, de pesquisa que fale sobre nós. Por outro lado, estou trabalhando no livro infantil, O Pião Azul e Outros Poemas, que reúne sessenta poemas ilustrados. Eu o considero um livro fantástico, pois consegui capturar belíssimas metáforas. Estou feliz com a qualidade literária deste trabalho.

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